EcoMol participa da descrição do genoma da onça-parda publicada na revista Nature

EcoMol participa da descrição do genoma da onça-parda publicada na revista Nature

Vítima de conflitos com seres humanos e sofrendo com a progressiva perda de seu habitat natural, populações da onça-parda correm o risco de isolamento e perda de diversidade genética ao longo do tempo.

A pesquisadora Priscilla Villela, cofundadora da EcoMol Consultoria, fez parte do grupo de pesquisadores que descreveu pela primeira vez o genoma da onça-parda, espécie de mamífero com a mais ampla distribuição pelas Américas (para ver o artigo completo na revista Nature clique aqui).

A avaliação do genoma de 10 animais (oito da América do Norte e dois do Brasil) detectou sinais de endocruzamento em populações geograficamente isoladas da Flórida, mas também a baixa prevalência de homozigotos, indicando que a conectividade entre as sub-populações da espécie ainda mantém uma alta diversidade genética, o que será crucial para a persistência da espécie no futuro. Foi estimado ainda que onças da América do Sul e América do Norte divergiram entre 300 a 100 mil anos atrás.

Animal é tratado e recuperado por ONG Mata Ciliar

Um dos animais brasileiros cujo genoma também foi avaliado no trabalho, foi amostrado pela bióloga Renata Miotto, também membro da EcoMol Consultoria, durante a realização de seu Pós Doutorado. O animal, um macho jovem chamado Scar, foi capturado na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, após ser agredido com um facão por um trabalhador rural. Após tratamento e recuperação na ONG Mata Ciliar, Scar foi solto em uma unidade de conservação do estado e teve seus deslocamentos monitorados pela bióloga durante um ano por meio de um colar GPS acoplado ao pescoço do animal.


Soltura da onça-parda Scar em uma unidade de conservação do estado de São Paulo, um dos animais cujo genoma foi avaliado em artigo publicado na revista Nature. Imagem: Associação Mata Ciliar.

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