Pesquisadora da EcoMol Consultoria participa da descrição de genes relacionados à ausência de espinhas em tambaquis

Pesquisadora da EcoMol Consultoria participa da descrição de genes relacionados à ausência de espinhas em tambaquis

A presença de espinhos em produtos pesqueiros, que por vezes pode até provocar emergências médicas, é uma característica que pode limitar o consumo e o potencial de comercialização de muitas espécies de peixes, já que a sua remoção durante o processamento do pescado é trabalhosa.

A pesquisadora e cofundadora da EcoMol Consultoria, Priscilla MS Villela, e os consultores associados Alexandre Hilsdorf e Luiz Coutinho, fizeram parte do grupo de pesquisadores que descreveu marcadores genéticos relacionados à ausência de espinhas intermusculares em tambaquis (Colossoma macropomum), espécie nativa da região amazônica e de significativa importância econômica, com uma produção de mais de 130 mil toneladas ao ano.

Após a identificação de alguns exemplares sem espinhas em Rondônia, o grupo de pesquisadores liderado pelo Prof. José de Ribamar da Silva Nunes (UFAM) utilizou a técnica de GBS, ou Genotipagem por Sequenciamento, para identificar marcadores do tipo SNPs distintos entre tambaquis com e sem espinhas. No total, foram observadas 675 associações significativas, das quais 13 foram localizadas perto de genes candidatos relacionados à redução e formação da massa óssea.

A esquerda (CY), tambaqui normal; a direita (SY) sem espinhas (Crédito: Biofish)

A técnica de GBS foi padronizada e vem sendo otimizada pela EcoMol Consultoria desde 2012. A empresa já a empregou para o desenvolvimento de estudos em distintos grupos taxonômicos, com as mais diversas finalidades, desde conservacionistas até relacionadas ao controle de pragas e identificação de fármacos.

Inicialmente descrita por Elshire e colaboradores em 2011, a técnica de GBS consiste na redução da complexidade do genoma por meio da ação de enzimas de restrição. Os fragmentos de DNA resultantes desse processo de ‘digestão’ do genoma recebem então sequencias barcodes (identificadoras) e adaptadores que permitirão a sua leitura em plataformas de sequenciamento de nova geração. Uma vez decifradas as sequências de DNA, elas podem ser comparadas entre si para a identificação de pontos únicos de diferenciação, os chamados SNPs, assim como foi feito no trabalho com os tambaquis.

Para ver o artigo completo publicado na revista Animal Genetics clique aqui.

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